Nael Rosa

24 de jan de 2023

Mãe que sensibilizou coordenadora no caso da escola do Cancelão temia que seu esforço fosse em vão

Foto: reprodução Facebook

Vanessa, assim como a mãe e o filho, foi aluna da escola

Na recente reunião realizada com a presença de pais na Escola Estadual República Rio Grandense, onde todos puderam argumentar com a coordenadora da 5ª Coordenadoria Regional de Educação, Alice Maria, para que o estado mantivesse os dois turnos funcionando, uma mãe sensibilizou mais a gestora e foi responsável por ela se empenhar junto à Secretaria de Educação (Seduc), para que nenhuma alteração ocorresse.

A reportagem Eu Falei foi em busca de Vanessa Vaz, 36 anos que, assim como sua mãe, também foi aluna do educandário, mesma situação de seu filho de 9 anos, que hoje estuda na escola do Cancelão.

Vanessa relembrou o dia da reunião em que se emocionou ao tentar mostrar a importância que a escola tem na vida daquela comunidade, e a luta que travou no princípio do ano letivo do ano passado para que seu pequeno se mantivesse estudando.

“Lembrar de detalhes do que eu disse à coordenadora é difícil. Sei que fui às lágrimas ao recordar de toda a minha luta para que meu filho continuasse estudando na República, por acreditar na escola. Não tinha transporte escolar e, por dois meses, eu e ele andamos dois quilômetros para que ele pudesse frequentar a aula”, recordou a mãe, acrescentando que seu empenho deu-se em virtude de acreditar na instituição de ensino.

“Insisti por acreditar na escola e perceber que, em virtude da falta de transporte muitos alunos foram para outros colégios, perda de matrículas que impactaram na decisão de fecharem um turno, o que em minha opinião, se ocorrer vai acabar por ser decisivo para fecharem a República Rio Grandense”, opina Vanessa, que temeu que todo o seu sacrifício para que o filho estudasse acabasse sendo em vão.

“Eu mantive minha fé, não mudei meu filho de escola e deu certo, pois depois de tudo que eu e outros pais e mães passaram, não merecíamos que a nossa escola passasse a ter somente um turno. A comunidade se uniu e deu certo”, celebra Vanessa Vaz.

Reportagem: Nael Rosa

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