Nael Rosa

8 de abr de 2020

Prefeitura e funerárias discordam com relação a fiscalização da ocupação das capelas

Atualizado: 9 de abr de 2020

Devido à pandemia de coronavírus, as regras para os velórios nas capelas municipais mudaram drasticamente. Antes da Covid-19 era permitida a ocupação total do espaço durante o cerimonial, o que para evitar aglomeração, agora mudou sem que, tanto os agentes funerários como a prefeitura chegassem a um consenso de quem é a responsabilidade de controlar o acesso de familiares e amigos de quem faleceu.

Para tentar esclarecer o assunto, a reportagem fez contato com o prefeito Vitor Ivan Rodrigues, o Vitão (PDT), que foi taxativo quanto ao assunto: cabe as funerárias cumprirem e fiscalizarem regras determinadas no decreto do governo do Estado.

“Há de certa forma uma incompreensão da população que entende que sou eu que determino o que pode ou não fazer quanto ao fechamento do comércio ou de limitação de pessoas nos locais que estão funcionando, na verdade o município segue as normativas do Estado e o decreto estadual diz que somente 30% do espaço existente em capelas mortuárias devem ser ocupados. No tocante a responsabilidade de fazer esse controle, a prefeitura entende que é das funerárias”, disse Rodrigues.

O prefeito acrescentou que é impossível colocar um fiscal em cada local que precisa cumprir regras, portanto, como a capela é alugada pela funerária, sendo estas as responsáveis pelos atos fúnebres, elas devem controlar o acesso.

“Tem que haver um controle restringindo o número de presentes e como a capela está sob a guarda deles, eles devem orientar a família”, assegurou Vitão.

Conversamos com Francisco Cordeiro, proprietário de uma das funerárias que atuam em Piratini, e ele discorda do prefeito.

" Orientar quanto ao número de pessoas que podem acessar a capela certamente nós fazemos, mas de forma alguma eu e nenhum de meus funcionários vamos determinar e fiscalizar quanto a isso. Em minha opinião, se as capelas fossem particulares seria sim a nossa obrigação, mas como em Piratini elas pertencem à prefeitura, cabe a esta manter alguém no local para fazer valer o decreto, pois nós não vamos fazer isto", garantiu Cordeiro.

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