Nael Rosa
Abril começa com chuva e dá esperança para quem está castigado pela estiagem

Depois de um mês de março completamente seco, em Piratini abril começou com uma chuva de 37 milímetros, quantidade que caiu no dia primeiro e que dá esperança de que o outono seja chuvoso e possa amenizar o sofrimento de quem vive no campo e está castigado pela estiagem que no município começou em novembro do ano passado, sendo a causa da perda de praticamente todas as culturas plantadas no verão.
Contabilizando os prejuízos nas lavouras de feijão e milho, por exemplo, quem reside na zona rural também torce para que o caminhão que leva água comprada da Corsan pela prefeitura chegue e assim, possa ter o líquido para beber, para a higiene, preparar alimentos e dar aos animais que estão morrendo de sede e fome .
Quanto à distribuição, Cláudio Peres, secretário de Urbanismo e Serviços Públicos, pasta responsável por direcionar o veículo diariamente para o interior, disse que com a estrutura que o município possui é humanamente impossível atender tamanha demanda.
“O motorista sai diariamente nas primeiras horas da manhã e volta às 22h. São até 60 mil litros e quatro viagens todo dia, principalmente para o segundo e o quintos distritos, e mesmo assim é impossível dar conta de todos que precisam nessas localidades”, explicou Peres.
Fora do eixo de grande necessidade, a reportagem esteve na residência de Ernesto Roza, 68 anos e morador do Tarumã, primeiro distrito. Ele relata o drama que é viver sem água.
“Recentemente o caminhão esteve aqui e deixou três mil litros, o que por hora ameniza a nossa situação, mas ficamos três semanas praticamente sem nada. Eu buscava de balde do açude que fica bem longe da casa e que já está secando, pois a cacimba que fica mais próximo já secou”, conta o aposentado.
Segundo o secretário, a dificuldade para levar o líquido até localidades como a citada é que esta fica em um corredor de acesso extremamente complicado.
“Além do caminhão também temos uma caçamba que transporta um tanque de seis mil litros e devido à dificuldade de entrar e sair do local, é complexo levar água para o Ernesto, mas fazemos o possível”, disse Peres.
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