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" Venceremos essa briga, mas preciso de ajuda", diz diretora sobre venda de drogas no Ponche Verde

Foto: Nael Rosa

Diretora acredita que o problema será superado, mas admitiu a gravidade da situação

A direção do Instituto de Educação Ponche Verde, maior escola estadual de Piratini e que este ano conta com 818 alunos, realizou na sexta-feira (13), uma reunião com os pais dos estudantes para pedir ajuda no tocante ao enfrentamento ao uso e venda de drogas que está ocorrendo no educandário.


De acordo com a diretora Rita Hax, que assumiu o cargo em janeiro deste ano, desde o retorno do ano letivo ela notou que um grupo de cinco alunos que veio transferido de outras instituições de ensino, passaram a ser responsáveis por uma movimentação estranha, sendo este o principal indicativo de que havia alguma situação em desacordo com as normas do colégio.


“Eles circulavam muito fora da sala de aula. Estavam a todo o momento no pátio, no banheiro ou matando aula. Também intimidavam outros alunos nas trocas de períodos. Os chamamos para conversar para que se adequassem às normas, mas não adiantou, pois os movimentos estranhos e o número de alunos que faziam isso aumentaram. Então acionamos os pais e também o Conselho Tutelar, e mesmo assim não conseguimos solução para o problema”, relata a diretora.


Ela então apelou para a Brigada Militar, que foi até o colégio e conversou com o grupo de alunos, todos com média de 16 anos e frequentadores do turno da manhã.


“Aos policiais eles confessaram que estão usando e vendendo drogas dentro da escola. Disseram que no princípio eram dois apenas os usuários, mas que agora são mais de trinta que usam o que eles vendem”.


Diante da confissão, ela conta que decidiu chamar os pais para relatar o problema e pedir ajuda. Também procurou o Ministério Público que já está dando andamento aos trâmites legais, providências para cessar o comércio e a utilização de entorpecentes.


“O problema é grave, já que temos alunos que estão com medo e acuados pelos responsáveis pelo que está acontecendo. Vamos resolver, mas vai levar um tempo e isso me preocupa, pois até solucionarmos poderemos ter mais estudantes envolvidos. Preciso de ajuda, e nesse momento cada pai e cada mãe vai ter que cuidar do seu filho, conversando e orientando sobre o assunto”, acrescenta a gestora, destacando que devido às regras do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), está impedida de suspender ou expulsar os alunos que traficam na escola.


“Vamos ganhar esta briga, inclusive salvar estes alunos envolvidos com isso, mas preciso de ajuda e na reunião eu senti que posso contar com os pais, já que até então tínhamos apenas um monitor, ou seja, insuficiente para atender toda a escola”, disse Rita, que obteve da 5ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) mais dois monitores.


“No momento me sinto muito impotente, mas tenho certeza que com as ações que tomamos e a ajuda dos pais, vamos ganhar esta briga e teremos nossa de volta como ela sempre foi, oferecendo um ambiente seguro e propício para a aprendizagem, o que infelizmente neste momento não estamos ofertando”, lamenta.


Reportagem: Nael Rosa

Contato: 9-99502191

Email: naelrosaeufalei@gmail.com

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