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Foto do escritorNael Rosa

Ao decidir deixar a pasta, Bigo Pinheiro anuncia médica maranhense para atender na ESF do Vila Nova

Foto: divulgação

Recém formada e distante quatro mil quilômetros de casa e da família, Naylanne afirma estar pronta para o desafio

Até então, a principal, talvez, a única reclamação da quase totalidade dos 2,8 mil possíveis usuários da ESF Padre Zulmar Garcia (Estratégia de Saúde da Família) situada no bairro Vila Nova, era quanto ao posto ter apenas um profissional clínico geral, para atender cinco durante cinco dias por semana, a demanda que tem aumentado gradativamente.


Amparado no programa, “Mais Médicos”, suporte dado pelo governo federal, a Prefeitura de Piratini espera, no mínimo, amenizar o problema, com a inserção em seu quadro, da maranhense Naylanne Cristina Maciel, que, na quarta-feira (30), passou a também ocupar o consultório usado para atender os pacientes que buscam atendimento.


Esta foi a última ação do secretário de Saúde Wilbor Pinheiro, o Bigo, que decidiu, alegando motivos pessoais, deixar a pasta, o que, oficialmente, vai acontecer na sexta-feira (31).


“Saio satisfeito, pois, quando assumi a secretaria pela primeira vez, em 2022, Piratini era a última colocada entre as 22 cidades de responsabilidade da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde. Nos indicadores do Ministério da Saúde, estávamos com apenas 2.0. Agora, ao passarmos o bastão para o novo secretário, Maico Joanol, nos encontramos na 6º colocação, com 7.9 em tal indicador, numa escala que vai até no máximo 10. Saio de cena, feliz, pois entendo que, eu também fui um dos responsáveis pela melhora neste sentido, que fica como herança para a comunidade que, antes da atual gestão assumir, contava apenas com dois médicos em postos de saúde”, avalia Bigo.


Quanto às reclamações, ele concordou, mas fez observações que entende ser essenciais: “é claro que não usam o serviço os 2,8 mil residentes na região citada, mas, onde há médico, há demanda e, imaginem apenas um profissional graduado em Medicina, para atender, durante seis horas por dia e, duas vezes por mês, também à noite, tanta gente assim. Temos direito a três vagas no “Mais Médicos”, fomos à busca, e dois já estão na cidade. Dever cumprido!”


Para Naylanne, 24 anos e que se formou em fevereiro deste ano, restou, já nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, vestir o jaleco e dar os primeiros passos no novo desafio: por em prática, não só os conhecimentos adquiridos nos bancos acadêmicos da UMAX (Universidade Maria Auxiliadora) instituição de ensino superior situada em Assunção, no Paraguai, mas, também, tudo que assimilou no Curso de Especialização, feito em Brasília, uma das exigências para integrar o programa.


“Avaliei tudo que era necessário antes de me inscrever no programa, inclusive, com relação aos quatro mil quilômetros de distância de minha família. Mas quanto a isso, estou acostumada, já que fiquei sete anos morando em Assunção”, afirmou Naylanne, à reportagem do Eu Falei, para logo, concluir:


“quanto à carga de trabalho, sim, tenho noção e estou pronta para tal, afinal, desde criança meu sonho era ser médica e este é um dos desafios.  Mas tamanho acolhimento recebido das pessoas já em minha chegada, todas me tratando como se eu pertencesse às suas famílias, me tranquilizou também no sentido de atuar e residir pelos próximos quatro anos em Piratini”.


Reportagem: Nael Rosa

 

 

 

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