Dia do Motorista: a rotina prazerosa e cheia de riscos de quem transporta cargas inflamáveis

Foto: Nael Rosa

Luiz Mar de declara um apaixonado pela profissão

A responsabilidade de pegar o asfalto no volante de um caminhão é tão grande quanto à importância do profissional que ainda é o maior responsável pelo transporte das riquezas do Brasil, tarefa que necessita da atenção redobrada quando a carga é perigosa, uma realidade há 20 anos na vida de Luiz Mar Furtado, 59 anos, motorista de uma rede de postos de combustíveis em Piratini.

Mesmo com os riscos inerentes à profissão, ele protela a hora da aposentadoria, e o motivo é a paixão pelo que faz e que na família já tem um sucessor, pois o filho Lenon, assim como o pai, atua pela mesma empresa e função.

“Eu amo o que faço, e entendo que deve ser assim em qualquer profissão. Claro que salário é importante, mas a pessoa tem que ter gosto pelo que escolheu fazer. Assim, eu busco nem pensar no dia que eu tiver que deixar o asfalto, pois vou sentir muito, tanto que mesmo que eu me aposente, sempre que houver a chance de pegar um frete eu vou fazer, de preferência para carregar o tipo de carga a qual eu tenho a licença para fazer e que pode ser renovada até idade de 65 anos”, garante Furtado que está adiando a aposentadoria.

Para resumir a atenção que o motorista deve ter ao levar álcool, gasolina, diesel e gás, ele diz que é preciso ter quatro olhos, tal os riscos que envolvem esse tipo de transporte, mas que viaja com toda a segurança e atento para tudo que está a sua volta, um cotidiano de riscos sim, mas de muito prazer pelo que faz.

“É preciso muita atenção, pois uma explosão pode ocorrer inclusive com o tanque vazio, já que em seu interior existe o acúmulo de gases inflamáveis. Pode se perder a vida ou causar um grande prejuízo para empresa a qual se presta serviço, portanto, estou sempre atento às normas de segurança”, assegura.

Enquanto dia de parar não chega, ele segue sua rotina em viagens para Canoas, Rio Grande e Esteio, na certeza que a direção tomada é cheia de riscos sim, mas de extremo prazer proporcionado pelo que escolheu fazer.

Reportagem: Nael Rosa

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