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  • Foto do escritorNael Rosa

Eleições 2020: áudios de Júnior vazam e expõem Luçardo, que nega e repudia atitude do petebista

Foto: reprodução Facebook

Em contato com a reportagem, Júnior Vaz negou ter feito qualquer acordo com Luçardo

A acirrada corrida eleitoral que em Piratini é disputada por quatro candidatos, essa semana ganhou um ingrediente a mais e este passou a ser o principal assunto discutido pelos eleitores de todas as correntes políticas na cidade.


Três áudios remetidos através do WhatsApp pelo então candidato a vice-prefeito pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Júnior Vaz, que saiu da disputa dado a uma decisão da Justiça, vazaram passando a ser veiculados nas redes sociais, o que levou o Francisco Luçardo, do PSDB, e que tenta o terceiro mandato, vir a público desmentir o conteúdo das conversas.


Em dois dos arquivos, Vaz tenta captar votos para Luçardo sob o argumento que ele, Júnior, e Marcial Guastucci, o Macega, que é vereador pelo PTB, serão secretários caso o tucano vença a eleição e que por isso terão forte poder de decisão na prefeitura.


Na conversa, em que a pessoa do outro lado que Júnior chama de Eloá, não se manifesta, o empresário deixa claro que pretende fazer um trabalho para que na eleição municipal de 2024 ele e Macega sejam novamente candidatos com grande possibilidade de vencer o pleito.


“Eloá, eu entro pra lá (prefeitura) e faço. Vamos ganhar a eleição. Tô te pedindo um voto pra mim, não pro Luçardo, pra daqui a quatro anos eu entrar pra lá e fazer, me preparar para depois te representar”, argumenta Júnior, que a seguir revela que já há um acordo entre ele, Macega e Luçardo para administrar Piratini em caso de vitória.


“Não pensa em Luçardo. Eu é que vou trabalhar. O Luçardo já disse que a ideia dele é entregar pra nós e pro Patrick porque ele não tem mais idade para tá lá dentro”, continua o petebista. Patrick, no qual ele se refere, é o advogado Patrick Farias, candidato a vice-prefeito na chapa tucana.


A seguir, Júnior se refere a outro candidato no qual não diz o nome, mas que diz ter pouco estudo e ainda desqualifica Marion Costa, que em Piratini é chamado de Doutor Marion, candidato a prefeito pelo MDB em 2016.


“Esse idiota(sem nome) não tem nem a oitava série. Pobre do Marion, não pode nem com o peso das cuecas dele. Nunca apitou nada nem dentro da família dele. Tu acha que o Marion vai poder resolver teus problemas, então vota nele, mas se tu votar em mim e no Macega, tu vai precisar te dirigir a nós e não vais precisar falar com Luçardo, com ninguém”, amplia.


No outro áudio, direcionado a uma pessoa a quem chama de Bira, Júnior assegura que o acordo com Luçardo descrito em uma carta de intenções, direcionará ao PTB entre 25% e 30% dos cargos em três escalões.


“Bira, temos entre 25% e 30% do primeiro, segundo e terceiro escalões. O Luçardo disse: vocês me apoiem, façam a transposição dos eleitores de vocês, nós vencemos a eleição...Se colocou à disposição pra nós administrarmos junto com ele”, assegurou o ex- candidato a vice, que continuou dando detalhes sobre o acordo com Luçardo.


“Vocês me apoiem, o PTB vai indicar e nós vamos aceitar. Não é nada de boca, Bira. Há uma carta de intenção. A eleição tá definida e se o Luçardo ganhar, vamos indicar pessoas e eu gostaria de contar contigo. És da minha confiança e queremos formar parceria contigo. Vou tá administrando junto e eu, Júnior, vou levar teu nome e tu vai seguir trabalhando na mesma função que tu tás”, promete.


A reportagem Eu Falei fez contato com Júnior Alves, que, ao contrário do que revelam os áudios, afirmou não existir nenhum acordo ou documento no qual contenham promessas de Francisco Luçardo a ele , ao PTB ou a Macega.


“Fomos apenas convidados a participar do movimento em prol de Francisco Luçardo. Num primeiro momento se conversou de nós participarmos futuramente da administração. Nos áudios eu falei em mim e no Macega porque isso foi conversado conosco, mas não há nada de garantias, apenas isso em política é normal. Não há nada legal quanto a isso e se existisse, não teria validade. Ficou uma impressão no que eu disse nos áudios de que há esse documento, mas não há, e sim, uma conversa que poderá ocorrer no futuro. Só queria angariar votos para o Luçardo. Há um apoio e a possibilidade de sentarmos com ele e discutirmos caso ele vença, apenas isso”, falou Júnior.

Abordado sobre o tema, Macega suavizou a questão e assegurou não querer para si qualquer espécie de cargo.


“O Júnior é um cara bom e extremamente trabalhador O que houve é que na ânsia, na empolgação de argumentar para que as pessoas votem no Luçardo, ele disse isso e me citou.


Asseguro que nada tenho a ver com isso e também que não quero cargo pra mim. Eu apoio Luçardo por afinidade de propostas e projetos e por ser essa chapa a formação acadêmica, o que considero essencial atualmente para lidar com a administração pública”.


Por fim, contatamos Francisco Luçardo, que repudiou o conteúdo dos áudios e disse que Júnior, com sua atitude, acabou também o desqualificando.


“Não existe qualquer acordo. Nunca brinquei com política e nem com a administração. Não há promessa de cargos para ninguém, até porque, não podemos dividir o que não temos. Assim só trataremos de cargos se ganharmos a eleição, antes, nada disso ocorrerá.


Não sei o que ele quis fazer para convencer estes eleitores a votarem em mim, mas além de me desqualificar, também fez isso com mais três pessoas, e isso é inadmissível”, disse Luçardo.


Reportagem: Nael Rosa

Contato: 53- 9-99502191

Email: naelrosaeufalei@gmail.com

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