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Centelha da Chama Crioula chegou a Piratini para abrir os 12 dias de festejos farroupilhas

Foto: Nael Rosa

Centelha que simboliza a tradição do Rio Grande do Sul foi entregue às autoridades do município

Depois de cinco dias, muitos deles debaixo de aguaceiro, os 64 cavalarianos de Piratini, amparados pela equipe de apoio, totalizando 90 pessoas, concluíram os 130 quilômetros, distância de ida e volta entre o berço farrapo e Pinheiro Machado, para, na tarde do sábado (09) apontarem no Centro Histórico com o candeeiro que conduziu a Chama Crioula até o Centro de Eventos Erni Pereira Alves, abrindo com isso os festejos farroupilhas na cidade.


Guardando o fogo que simboliza a tradição e que foi entregue ao presidente da comissão organizadora da Semana Farroupilha, Daniel Farias, o policial militar Elias Farias Borges, que, mesmo participando da aventura gaúcha apenas pelo terceiro ano, o segundo consecutivo, teve a ele concedida a honra de fazer o último trecho empunhando o símbolo tradicionalista, responsabilidade que afirma, o deixou extremamente honrado.


“Foi uma honra e, ao mesmo tempo, um prazer muito grande que a mim fosse dada essa missão, pois prestígio esses cavalarianos desde muito novo, mas por causa dos estudos e do trabalho, pouco pude participar. Admiro e sou apaixonado por nossa cultura e, entendo que entre os símbolos da nossa tradição, como por exemplo, rodeios, invernadas e CTGs, a Chama Crioula é o maior exemplo de culto às nossas raízes”, comentou Borges, que completa: “ Somos uma irmandade onde impera o respeito e a ajuda mútua para que nossos costumes passem de pais para filhos”.


Entre os cavalarianos que cortaram o chão a pata de cavalo, outra novata, que esteve apenas no seu segundo ano de cavalgada. Para a assessora parlamentar Elenara Adamoli, participar dessa verdadeira aventura é uma forma de fugir da rotina do dia a dia, e o que mais lhe deixa feliz são os diferentes percursos feitos durante dias no lombo do companheiro do gaúcho. “É uma experiência única. É maravilhoso estar cada dia em um lugar diferente. Eu particularmente, participo pelo prazer de fazer o percurso e aproveitá-lo na companhia dos amigos. Gosto também das rodas de conversa e chimarrão que acontecem à noite nos acampamentos quando paramos para descansar. Além dos homens, são muitas mulheres e também os pequenos participando, um ambiente familiar que me remete a uma casa do interior de antigamente, onde não se ficava olhando televisão e nem telefone. É muito bom”, garante.


Chegar ao Centro de Eventos e repassar a centelha que ficará acesa durante os 12 dias de muita festa, foi novamente, como ocorre há 14 anos, uma satisfação para o funcionário público municipal Roberto Garcia, o Carreirinha, coordenador da busca da chama. De acordo com Carreirinha, este ano os imprevistos foram maiores em virtude das enchentes causadas pela passagem do ciclone pelo Rio Grande do Sul, o que causou uma preocupação a mais, mas não distanciou os cavalarianos do objetivo maior, mas o fez redobrar os cuidados, principalmente com as crianças e idosos participantes.


“Precisamos mudar o roteiro por causa das chuvas o que causou imprevistos. Nos cercamos de mais cuidados para não colocar em risco os participantes, já que é uma grande responsabilidade conduzir a todos, principalmente as crianças. No dia 4 de setembro, quando começamos o trajeto, já foi abaixo d'água. Mas faça chuva ou sol, não nos desviamos do nosso foco principal e que nos move, que é o comprometimento que temos com a tradição, já que a chama é o nosso símbolo, assim é um dever nosso para darmos continuidade a nossa tradição, pois se não houver Chama Crioula, o tradicionalismo fica prejudicado e a Semana Farroupilha não é a mesma”, pontuou o gaúcho.

Reportagem: Nael Rosa

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