Comando de greve do Magistério protesta contra pacote de medidas de Eduardo Leite
Com o apoio de um número significativo de alunos, o comando de greve dos professores de escolas estaduais de Piratini fez um ato de protesto contra o pacote de medidas do governo do Estado que vai à votação na Assembleia Legislativa.
Com cartazes e faixas, educadores e estudantes se reuniram na Praça Inácia Machado da Silveira, centro da cidade, onde expuseram sua insatisfação com a condução que o governador Eduardo Leite (PSDB) está dando para o funcionalismo público do Rio Grande do Sul.
Com 27 anos de Magistério, a professora Angélica Panatieri falou em nome do grupo, e disse que, se por ventura o pacote for aprovado, vai atingir em cheio a categoria dos professores.
“Entre outros pontos que nos prejudica, o governador vai dar fim à incorporação das gratificações dadas a diretores e diretoras, direito que hoje estes levam para a aposentadoria. Os aposentados terão que contribuir para a Previdência e os salários ficarão congelados por vinte anos, absurdos que não podemos admitir, por isso viemos para a rua”, destacou Angélica.
Ela disse ter noção que fazer greve é algo extremo, mas necessário, pois categoria já está saturada de toda vez que é necessário fazer ajustes ou tomar medidas de contenção, os professores são os que mais sentem, o que não deixa outra alternativa a não ser protestar fora da sala de aula.
“Gostaria de estar de estar dando aula e concluindo o ano letivo, mas não temos o que fazer a não ser a greve, que não é algo fácil, mas é o que nos resta, pois já estamos com o nosso salário atrasado e parcelado há 50 meses e sem reajuste há quatro anos, e isso causa um desmonte da escola pública, portanto o um movimento grevista é o que nos resta”, concluiu Panatieri.
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