Nael Rosa
Comunidade escolar se despede do mestre Chiquinho, falecido aos 61 anos

A som de Asa Branca, de Luiz Gonzaga, tocada pelos alunos da Escola Alaor Tarouco, a comunidade escolar, amigos e familiares se despediram na manhã da quarta-feira (09), de Francisco Carlos Bueno Almeida, ou simplesmente "Mestre Chiquinho, 61 anos, que por uma boa parte de sua vida foi o responsável por ensinar aos colegiais de praticamente todas as escolas rurais e urbanas de Piratini, os sons e notas extraídos de inúmeros instrumentos usados nas bandas marciais que regem anualmente o Desfile da Independência em 07 de setembro.
Para se despedir do músico que perdeu a luta contra o cancer, centenas de pessoas compareceram aos atos fúnebres concluídos com o sepultamento no Cemitério Municipal, saudando a passagem do cortejo com inúmeras salvas de palmas.
"Foi uma pessoa maravilhosa que estava sempre disposta a ajudar. Era simples, tinha um coração enorme e durante os três anos que fui a mor das bandas da Escola Antenor Elias de Matos e Carmosina Vaz Guimarães, não teve um só dia em que ele precisou levantar a voz para chamar a atenção de nenhum de nós", , disse a agora estudante de Agronomia da UFPel, Verônica Garcia, uma das aprendizes do instrutor.
Essa autoridade natural e sem a necessidade de ser ríspido, também foi destacada pela diretora do educandário Vera Moreira, Vilma Antunes.
" Nunca houve a necessidade de que eu ou outro professor ficasse junto a ele e aos estudantes durante os ensaios. Mestre Chiquinho dominava e era de uma autonomia enorme com as crianças e com muita paciência transmitia seus conhecimentos com muita paz aos alunos. Fez uma grande trabalho com as crianças do Bairro Padre Reinaldo", disse a professora.
Chiquinho deixa três filhos, entre eles Alisom Almeida, que segue os passos do pai e o substituiu na Parada Cívica este ano.
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