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Conselho Tutelar amplia ações para combater o abuso sexual contra crianças e adolescentes

Foto: Nael Rosa

Presidente do Conselho Tutelar relatou drama pessoal vivido na infância

O Conselho Tutelar promove na sexta-feira (23), uma palestra com integrantes do Instituto Proteja, que tem sede em Rio Grande, instituição que atua de maneira impactante no abuso sexual contra crianças a adolescentes, crime que segundo Bruna Ferreira Gomes, presidente do órgão de proteção em Piratini, tem grande incidência no município.


“Registramos um número preocupante de casos e muitas vezes nos vimos de mãos atadas, pois não existem políticas públicas nesse sentido. Por isso buscamos o Instituto como passo inicial para que tenhamos através do Proteja, psicólogos e peritos criminais que podem atuar nas situações desta natureza”, explica Bruna.


Ela destaca que até se tornar conselheira, não tinha noção do quanto esses crimes ocorrem, principalmente na zona rural do município, e quando chega ao conhecimento do Conselho já faz muito tempo que está acontecendo, não somente como meninas, mas com meninos também, geralmente tendo alguém muito próximo da família como autor.


O contato com essa realidade infelizmente comum, a fez detectar que ela também foi vítima e viveu esse drama na infância.


“ Até entrar para o Conselho Tutelar e ter contato com essa realidade, eu não sabia que o que tinha acontecido comigo foi abuso, pois eu era muito pequena. Mas comecei a buscar informações sobre o assunto e percebi que também fui abusada, situação que mantive adormecida por muitos anos e que faz com que eu tenha algumas retrações”, relatou a conselheira, observando também que há uma incompreensão da parte de quem houve os relatos.


“É um drama e as crianças crescem com traumas e muitas vezes são indagadas por que não contaram antes ou até mesmo se gostaram do que está do que está ocorrendo. Mas o tema é muito delicado e o que mais ouvimos são julgamentos”.


Com forma de descobrir se o filho está sendo abusado, Bruna diz que é de extrema importância prestar muito atenção na criança, inclusive se ela tem algum tipo de retração com um tio, avô ou padrasto, por exemplo, sendo também relevante criar um canal de comunicação com a vítima sem julga-la pelo que aconteceu.


“Procure ter abertura com o seu filho sem julgamentos, pois o que falta é diálogo, já que a criança nem sempre se sente protegida para abordar o assunto com a mãe e, geralmente os parentes mais queridos e bonzinhos são os abusadores, então preste atenção”, alerta.


Reportagem: Nael Rosa

Contato: 9-99502191

Email: naelrosaeufalei@gmail.com

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