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  • Foto do escritorNael Rosa

Designer gráfico piratiniense fatura com o home office ao prestar serviços de marketing digital para 23 empresas de cinco estados brasileiros

Foto: Elis Garcia

Designer gráfico tens ganhos mensais signficativos que proporcionam a ele e a família, ter um padrão de vida com qualidade

Um dos primeiros gestos da população do planeta ao acordar pela manhã, é apanhar o celular e, a partir desse momento, voltar a se conectar com o mundo através das redes sociais, hábito mantido inclusive, durante a realização das mais diversas tarefas: trabalho, descanso, período reservado às refeições e outros momentos também usados para acessar e ficar a par do que ocorre em todos os cantos da Terra.

 

Com isso, veículos de comunicação como, a tv aberta, rádios e jornais impressos, não mais tem a preferência das grandes empresas no momento de direcionar as verbas reservadas à publicidade. Agora, a maior fatia destinada à divulgação das marcas é usada para anunciar no marketing digital, em especial, nas plataformas da gigante Meta, responsável por criar e gerir o Facebook e Instagram, o que proporciona o faturamento  de bilhões em divulgação diariamente.

 

Mas por trás de um anúncio que chama a atenção de quem muitas vezes só para de navegar na hora de dormir, estão alguns profissionais que passaram a ganhar para produzir ou gerir conteúdos que chegam aos consumidores com uma velocidade cada vez maior.

 

Comprar recentemente um carro avaliado em R$ 60 mil, mesmo que este ainda não seja zero e essa cifra não seja algo inalcançável para muita gente, exemplifica o aumento de padrão de vida conquistado pelo designer gráfico piratiniense, Dione Rodrigues, 37 anos, sem falar  na qualidade de vida hoje proporcionada à família de cinco membros.

 

Desde que decidiu deixar o setor público onde atuou por 7 anos como cargo de confiança, para então dedicar-se ao trabalho realizado em um cômodo de no máximo cinco metros quadrados que integra o apartamento alugado no centro de Piratini, Rodrigues  percebeu que, mesmo residindo em um pequeno município onde as oportunidades são escassas, produzir  material gráfico para as empresas passaria a ser uma das profissões do futuro que chegou rápido em decorrência da evolução tecnológica, mais rentáveis do mercado profissional.

 

“ Vi que era possível sim melhorar de vida através da área a qual atuo, mesmo morando aqui, afinal, a internet me permite estar em vários lugares sem que eu precise me deslocar. Desde 2007, ano em que o Facebook chegou para os brasileiros, eu, que sempre me interessei por computação, passei a faturar com isso”. Afirma.

 

Mas nem sempre tudo foram flores. Ele  lembra do início na atividade profissional, quando, inclusive, perdeu muito dinheiro. O motivo foi a ausência de visão empresarial dos clientes a serem convencidos que era preciso caminhar junto com e investir nas redes sociais.

 

“Foi muito difícil. A maioria teve certa resistência para pagar o preço cobrado pela manutenção de suas páginas criadas para destacar os produtos à venda. Para se ter apenas parte da noção do que passei, eu ganhava o que hoje equivale a R$ 40,00 por mês para alimentar os perfis de parte do comércio de cidades da região, isso, sem falar que, eu, ajudado pela Elis (esposa) tínhamos que ir até as empresas, neste caso as de Piratini, para fotografar os itens a serem divulgados três vezes por dia, ou seja, antes era quantidade e hoje, com a mudança de mentalidade a que muitos foram obrigados a ter, é qualidade, faço tudo à distância e o que cobro e  ganho nem se compara com o passado".

 

Ele, que é autodidata e nunca fez  qualquer capacitação  ou curso superior para aprender a mexer nos programas e outras ferramentas para produzir material gráfico, não revela o faturamento mensal com o ofício, mas como exemplo de que este é muito bom e permite à família ter um padrão de vida impossível para a maioria das pessoas que residem na cidade, conta que o maior valor pago por uma das 23 empresas que atende, resulta por mês no equivalente a dois salários mínimos.


“Dos 23 clientes para os quais trabalho, apenas sete são de Piratini. Os demais têm suas empresas localizadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. Isso já nos permitiu ter uma reserva financeira muito boa. Ainda não compramos a nossa casa por uma questão de estratégia, já que residimos no centro, estando dessa forma bem localizados. Assim, decidimos continuar pagando aluguel para mantermos na melhor área para morar no município quando se tem uma empresa”.

 

Em relação à concorrência com os demais veículos de comunicação, ele entende que a publicidade digital já é o carro chefe do setor, portanto, há a necessidade dos outros nichos se adaptarem ao que os brasileiros buscam primeiro no momento de obter informações.

 

“A maioria das rádios, jornais e outros veículos de comunicação, entenderam isso e investiram na criação de sites e aplicativos para que os seus conteúdos cheguem à população brasileira de maneira mais rápida. De todas as possibilidades hoje disponibilizadas ao público, eu acho que muitos canais de tv serão, em breve, os primeiros a saírem do ar. Nesse sentido, a concorrência com o Youtube  é grande. Um exemplo das dificuldades atravessadas pelo setor, que teve uma redução significativa na publicidade,  é a gigante Rede Globo, que precisou demitir  boa parte do seu elenco para reduzir custos. Então, repito: o marketing digital chegou para ficar e quem não aderir a ele ficará para trás”, alerta Rodrigues.


Reportagem: Nael Rosa


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