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  • Foto do escritorNael Rosa

Morte de Noraí completa oito anos e família ainda aguarda julgamento de Luciano


Noraí foi morto a tiros e deixou esposa e dois filhos menores

A família do agricultor Noraí Teixeira Lopes, à época com 45 anos, morto a tiros em 5 de agosto de 2012 em uma estrada do Passo do Alfaiate, 5º Distrito de Piratini, concedeu entrevista ao site Eu Falei para quem abordou sobre a demora no julgamento do acusado pelo homicídio, Luciano Oliveira da Silva, que alegou legítima defesa para desferir os disparos no então vizinho, já que ambos residiam em propriedades próximas na área rural citada.


Segundo a irmã da vítima, Doraldina Treicha, 58 anos, a expectativa de que o júri ocorresse este ano para decidir sobre o futuro de Luciano foi frustrada devido ao surgimento da pandemia de Covid- 19, responsável por adiar os procedimentos da Justiça.


Doraldina contesta a versão de legítima defesa, acredita crime foi premeditado e a causa foi um desentendimento entre o irmão e Luciano e que este surgiu devido aos dois não chegarem a um acordo financeiro para que Noraí fosse ressarcido pela morte de cinco cabritos, que, segundo ela, foram mortos por um cão que pertencia a Luciano.


Ela revelou que o fato, ainda sem desfecho, tirou a paz dos familiares e provoca profunda tristeza inclusive no pai, Nestor Antônio Lopes, 83 anos.


“Todos nós ainda sofremos muito, mas nosso pai necessita de calmantes e repete várias vezes que vai morrer sem ver a justiça ser feita. Nossa família desmoronou depois que meu irmão, que deixou dois filhos menores de idade, foi assassinado”, disse Doraldina.


Conversamos com um dos advogados que representa Luciano, já que ele que tem dois defensores, um em Piratini e outro de Pelotas, e este informou que, por decisão de seu cliente, não se manifestará sobre o caso.


A reportagem chegou à informação de que atualmente há dois recursos aguardando decisões sobre o homicídio, um especial e outro extraordinário. Estes, que entre outras situações tentam derrubar as qualificadoras do crime, serão julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Somente após essas decisões é que o processo vai retornar à comarca de origem, no caso Piratini, para que o júri composto por membros da comunidade possa decidir se Luciano é culpado ou inocente pela morte de Noraí.


Reportagem: Nael Rosa

Contato: 53- 9- 99502191

Email: naelrosaeufalei@gmail.com

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