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"O risco de morte por descarga elétrica neste prédio é real", afirma funcionário dos Correios

Foto: Nael Rosa

Segundo o atendente Adriano Martins, a situação do prédio é precária há no mínimo há 7 anos

Diante do risco iminente de perder a vida em caso de um choque elétrico, um dos dois atendentes da Agência dos Correios em Piratini, além de, novamente, alertar seu superior quanto ao perigo o qual os cinco integrantes da equipe correm, principalmente quando chove de forma intensa na cidade, o atendente Adriano Santos Martins, apelou à gestão regional da empresa pública pedindo que a situação seja finalmente resolvida.


 “Essa é a minha segunda passagem por Piratini. Dos 19 anos que tenho de carreira, seis foram trabalhando aqui e, já nessa época, entre 2013 e 2019, eu pedia que olhassem por nós, pois o que ocorre hoje é a mesma realidade que já existia no período que citei: todos nós corremos risco iminente de perder a vida em decorrência de uma descarga elétrica”, revelou Martins, 45 anos, que continua e justifica tanto temor:


“Quando chove alaga, inclusive a parte inferior do prédio, local onde, principalmente, eu e a gerente atuamos. Não há mais condições de trabalhar nessa estrutura que apresenta infiltrações há 20 anos. É muita água dentro da agência e esta vem do piso localizado acima de nós, escorrendo, inclusive pelos tubos por onde a fiação da rede elétrica passa. Mas não fica somente nesses canos, já que as lâmpadas e, ainda as tomadas, ficam totalmente molhadas”.


Ele contou que o apartamento funcional destinado a quem ocupa a gerência, situado no andar superior, inunda com frequência, sendo, ao menos no momento, impossível de ser ocupado.

“Já relatei o problema, fiz registros das situações inúmeras vezes, enviei tudo a nossa chefia imediata e também para o sindicato da categoria, mas nada acontece. Há sete anos ouço que esta agência está entre as prioridades no que diz respeito às reformas, e tudo segue da mesma maneira, o que acredito ser por conta da burocracia”, desabafa o funcionário.

Na quinta-feira, 24, mais um dia em que a chuva não deu trégua na Capital Farroupilha, o medo de Adriano venceu a obrigação, ele, mesmo diante da decisão da gerência em abrir a agência, ele mais uma vez tomou iniciativa:


“Não havia e, de fato, não há mais como prestar o serviço neste prédio. Na quinta era tanta água em nosso local de trabalho, que atingi meu limite, liguei para a regional, em Pelotas, detalhei nosso drama, a possibilidade real de sofrermos uma descarga elétrica, e recebemos a autorização para não trabalhar, o que tornou acontecer no dia seguinte, quando o aguaceiro não deu trégua no município”, contou Martins, que concluiu a entrevista exclusiva concedida ao site Eu Falei, afirmando que as condições em que atuam são extremas e insalubres:


“É comum eu minha colega, frequentemente nos encontrarmos de atestado médico. O motivo para, algumas vezes não comparecermos ao trabalho são as tantas doenças respiratórias que nos acometem, entre estas, pneumonia, já que o prédio é úmido e, por isso, há mofo em várias partes”.

 

Em busca de uma posição por parte da empresa pública para saber, entre outros pontos, a expectativa quanto à solução, tentamos contato inicialmente com a supervisão regional, em Pelotas, pelo fone: 3284-5900. Foram seis tentativas em uma hora e, em todas o número citado dá sinal de ocupado.


Com o mesmo objetivo, tentamos por quatro vezes acesso pela Central de Atendimento: 30030100 e, novamente, sem nenhum sucesso.


Reportagem: Nael Rosa


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