Por estupros contra uma menina, Justiça condena Antônio Lobato Ortiz a mais de 25 anos de cadeia
Foto: reprodução Facebook
O Poder Judiciário, que, em Piratini tem à frente como titular da comarca, o juiz, Rodrigo Ferreira, deu a primeira resposta à comunidade com relação à série de estupros, que o fundador do Grupo de Idosos Renascer, projeto este com sede física situada no bairro Sinuelo, cometeu ou é suspeito de ser autor, em que três meninas, com idade inferior a 14 anos, foram abusadas sexualmente por uma ou mais vezes.
Antônio Lobato Ortiz, hoje com 69 anos, foi condenado a 25 anos e três meses de prisão, apenas por um dos crimes, este, em que a vítima foi estuprada, segundo provou o Ministério Público, que se baseou nas provas contidas no inquérito policial de responsabilidade da Polícia Civil, por no mínimo dois anos.
A prisão de Ortiz, em agosto do ano passado, surpreendeu a população, pois ele era uma figura admirada na cidade, contribuindo para que, inclusive fosse vista como uma pessoa acima de qualquer suspeita, o programa musical direcionado à terceira idade, que apresentava uma vez por semana, na emissora comunitária, Rádio Com Piratiniense.
À época, contribuiu de forma significativa para a descoberta dos estupros, as denúncias feitas ao Conselho Tutelar de Piratini, que, desde 2020, apurava a situação envolvendo não três, mas quatro meninas, todas com idade inferior a 12 anos.
De acordo com a avaliação do promotor de Justiça, Adoniran Lemos Almeida Filho, que, ao ser responsável pelo Ministério Público (MP), no município, pediu a condenação de Antônio, tudo que foi pedido pela acusação foi acolhido pelo juiz que atuou no caso.
“O réu foi condenado por estupro de vulnerável, de forma continuada, pois a vítima foi estuprada por um longo tempo. A autoria desses crimes ficou provada, bem como, a repetição dos mesmos, ou seja: agressão repetida, mais de um delito, o que nos levou a pedir ao juiz que isso pesasse no momento de dar a sentença, o que foi reconhecido e acatado, gerando essa pena mais elevada”, explicou De Almeida Filho.
A defesa de Ortiz, encarcerado no Presídio Regional de Canguçu e que responde a outros dois processos da mesma natureza, entrou com um recurso de apelação junto ao Tribunal de Justiça do Estado, que, a seguir, decidirá se o absolve, mantém, reduz ou aumenta a pena aplicada.
Além do Disque 100, em Piratini é possível denunciar casos de estupro de vulnerável e pedofilia, bem como outros casos envolvendo crianças e adolescentes, também através do telefone do Conselho Tutelar: 53- 991495180. Todas as denúncias são apuradas.
Reportagem: Nael Rosa
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