Justiça condena Índio a quase 20 anos de prisão pela morte de Lucimar Domingues
Foto: João André Lehr
Seis anos após o cometimento de um dos crimes mais violentos da história de Piratini, a Justiça deu uma resposta à altura à barbárie ocorrida em junho de 2017 na Agrofil, zona rural do município, ao condenar Éder Melo Weber, o Índio, 38 anos, a 19 anos e 11 meses de prisão em regime inicialmente fechado, por matar, com requintes de crueldade, Lucimar Teles Domingues, à época com 59 anos.
O Tribunal do Júri formado na Associação Atlética Banco do Brasil na sexta-feira (27) durou 10 horas e, mesmo sendo cansativo, o plenário se manteve lotado do início ao fim.
O embate entre a defesa do réu, composta por três advogadas, e pelo promotor Adoniran Lemos, que foi assessorado pelo advogado piratiniense, Marcial Lucas Guastucci, foi exaustivo, mas acabou com a vitória do Ministério Público e a prisão imediata de Éder ainda no local,. Ele que até então, aguardava o julgamento em liberdade, foi levado para o Presídio Regional de Canguçu após a sentença ser anunciada.
Para Guastucci, se fez justiça, já que o autor do crime foi condenado por homicídio doloso e qualificado, por meio cruel, motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima.
“Foi justo, já que o estado em que o Índio deixou o Lucimar foi deplorável e sem razão para tanta violência, afinal, tirou a vida de um ser humano por causa de um desentendimento banal devido a discordarem sobre uma porteira de propriedade rural. Ele, o homicida, ficou por quase meia hora golpeando a vítima, principalmente na cabeça, com uma tranca de madeira, o que desfigurou o rosto do seu alvo que também teve 11 costelas quebradas. Por fim, Éder ainda usou e quebrou quatro tacos de sinuca também usados nos golpes, sendo que um deles, perfurou a região próxima a um dos olhos. Enfim, foi algo bárbaro e que teve a resposta adequada dada pela Justiça”, avaliou Guastucci.
Reportagem: Nael Rosa
