Nael Rosa
Comunidade escolar da Escola Adão Pretto se mobiliza contra a falta de transporte escolar
Foto: divulgação
A comunidade escolar da escola Adão Preto, situada do 5º Distrito de Piratini e que oferta o ensino médio para parte dos alunos que residem na zona rural do município, deu início na segunda-feira (18) a uma mobilização contra a falta de transporte que é de responsabilidade do estado.
Conforme o diretor do educandário, Gabriel Barcelos Nunes, os estudantes continuam tendo aulas remotas mesmo com a autorização para as atividades presenciais a partir de 21 de fevereiro deste ano, data do retorno do ano letivo.
“Decidimos nos reunir porque o estado não tem cumprido sua obrigação. Buscamos as forças vivas do município, como o prefeito e os vereadores, e obtivemos apoio inclusive para recorrer ao Ministério Público. De agora em diante estamos mobilizados para ações futuras para que o transporte escolar seja retomado o mais rápido possível”, assegurou Nunes.
Ele destaca que mesmo o município não tendo esta obrigação, respeita, mas discorda do rompimento do contrato por parte da prefeitura que até então ofertava o serviço, distrato que ocorreu em dezembro do ano passado.
“O prefeito Márcio Porto nos apresentou os números que motivaram o rompimento do contrato. Respeitamos, mas entendemos que a Prefeitura deveria ter mantido o serviço um pouco mais”, opina o diretor, que ressalta o apoio do prefeito à mobilização, tanto que o município deverá disponibilizar o transporte para que os protestantes possam se deslocar até Porto Alegre para pressionar a Secretaria Estadual de Educação.
O gestor da Adão Pretto salienta que os dois anos em que os alunos ficaram apenas com ensino remoto são compreensíveis por causa da pandemia, mas que a manutenção desse formato de ensino tem aumentado os prejuízos no tocante à aprendizagem, afinal a educação também aos aprendizes que residem no campo é um direito assegurado.
“Eles (alunos), têm direito de acessarem a escola de forma presencial e o estado é quem tem esse dever. Portanto, estamos somando forças para darmos resolução a esta problemática”.
Nunes finaliza dizendo entender que, após um longo período impossibilitados de frequentar o colégio, esse é o momento dos estudantes recuperarem o aprendizado, o que não é possível no formato ainda utilizado.
“O ensino remoto tem suas dificuldades, como por exemplo, o sinal de internet que na área rural é deficitário. A aula virtual não tem a mesma qualidade, assim, eu como educador, percebo que frequentar o colégio e estar junto com os professores e colegas gera um brilho no olhar do aluno que somente o presencial proporciona”, conclui.
Reportagem: Nael Rosa
Contato: 9-9950291
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