Nael Rosa
Oito meses depois do granizo, famílias ainda esperam por ajuda da Defesa Civil
Foto: Jovan Lima

Parte das 111 famílias que tiveram suas residências atingidas pelo temporal de granizo ocorrido em dezembro de 2020 nos assentamentos Itassucê, Nova Sociedade, Santo Antônio e Cachoeirinha, todos em Piratini, ainda sofrem com as consequências desse fenômeno climático.
Para impedir que a água das chuvas destrua o pouco conquistado e que ainda restou, elas improvisaram uma cobertura com lona ou manta asfáltica, o que nem sempre funciona e deixa aos atingidos em apuros seguidas vezes já há oito meses.
A assentada Débora Fagundes Vaz, relata que a situação está muito difícil, mas ainda acredita que Prefeitura vai prestar o auxílio necessário para a casa de quatro cômodos onde vive com o marido e um filho de cinco anos.
“Nós conseguimos telhas emprestadas, mas teremos que devolver a quem nos auxiliou para cobrirmos parte da casa, pois não foi possível tapar tudo, então improvisamos com manta asfáltica, mas tem muitos buracos no telhado, então a chuva entra. Esperamos que não demore ainda mais para nos doarem o que foi destruído pelo gelo”, disse a agricultora.
A situação dessas famílias tornou a ser tema no Legislativo através dos vereadores Sérgio Castro (PDT) e José Auri (PT), que pediram celeridade por parte do Poder Executivo.
“Essa ajuda tem que ser agora, de forma urgente. Visitamos os assentamentos e o que constatamos é que a situação de muitas pessoas é precária. É um momento difícil que precisa da sensibilidade por parte da Prefeitura. Pedimos uma solução imediata”, falou Castro.
O secretário de Cidadania e Assistência Social, Daniel Morales de Moura, que também ocupa a função de coordenador da Defesa Civil no município, disse que órgão federal detectou falhas no levantamento feito na gestão passada, portanto indeferiu o pedido de verbas para auxiliar os assentados e que totaliza R$ 168 mil.
“Eles (Defesa Civil), levaram quatro meses para dar a resposta e quando essa veio foi negativa. Exigiram um novo levantamento, o que realizamos, encaminhamos, mas até o momento não veio nenhuma resposta”, explica Moura.
Segundo ele, a Prefeitura vai adquirir as telhas de quatro e seis milímetros e vai encaminhar aos atingidos em breve, mas ele alerta que está cada vez mais complicado chegar a tempo com esse tipo de ajuda.
“Temos uma demanda muito grande de pessoas em vulnerabilidade social, o que nos impede de ajudarmos a todos que precisam, inclusive teve temporal de granizo em outras três localidades, o que nos preocupa, pois com o aquecimento global isso será cada vez mais frequente, aumentado os pedidos por auxílio, o que nem sempre o município vai conseguir dar”, alerta.
Reportagem: Nael Rosa
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