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Foto do escritorNael Rosa

Patrono dos festejos sonha com o dia em que Piratini também terá um acampamento farroupilha

Foto: divulgação

Brasiliano Moura tem dado contribuições importantes para a cultura do Rio Grande do Sul

O patrono da Semana Farroupilha de Piratini é um gaúcho nato, envolvido com os costumes sulinos desde a juventude quando, aos 19 anos, deixou a Costa do Bica, 3º Distrito, local onde nasceu e foi criado, para rumar à Capital do estado, cidade que começou a escrever sua história profissional na fábrica da Taurus, empresa que trabalhou até se aposentar e passou a se envolver ainda mais com as tradições do nosso chão ao fazer parte do Centro de Tradições Gaúchas Pago da Saudade, entidade criada pela extinta Varig, onde sua esposa trabalhava.


Desses tempos, Brasiliano Teles de Moura, 64 anos, guarda ótimas recordações, entre elas, a participação do filho Juliano na Invernada Artística da entidade que viajou o mundo para mostrar um pouco da cultura do Rio Grande do Sul.


“São ótimas lembranças. Em cada país em que a Varig inaugurava um voo, enviava a invernada para se apresentar. Meu filho dançou no Japão, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, França e em muitas outras querências distantes da nossa durante minha participação na patronagem, que começou em 1993”, recorda Moura, que foi além ao ser por 20 anos avaliador do Movimento de Tradições Gaúchas (MTG), sempre julgando os concursos de prendas e peões.


Em 2014, Brasiliano e a esposa Naura, então funcionária da Varig, se aposentaram, o que para ele significava a hora de voltar para o berço farrapo e dar continuidade a sua história de incentivador dos costumes, mas agora no chão que ama e jamais havia sido esquecido. “Precisava voltar. Então compramos um sítio bem simples para morarmos. Nossa casa é um galpão, mas nele nos sentimos bem e somos felizes”, assegura o agora patrono 2023 do maior evento tradicionalista de Piratini, que revela estar feliz pela homenagem ter sido feita ainda em vida.


“Fiquei muito feliz com o convite da comissão organizadora da Semana Farroupilha. Tudo que fiz e faço não é em busca de reconhecimento, mas sim porque gosto e acredito que o cultivo das nossas tradições é o caminho ideal para a nossa juventude fugir do que não é saudável. Já que meu trabalho foi reconhecido em vida, sou grato, pois é bem melhor do que depois que eu partir. É uma honra, um privilégio”.


Por fim, ele revela que ainda tem um sonho: ver o galpão que construiu em 2019 com recursos próprios no Centro de Eventos Erni Pereira Alves, se tornar um acampamento farroupilha, a exemplo do que ocorre anualmente no Parque Harmonia, em Porto Alegre.


“Fui eu quem teve a ideia de fazer esse galpão e para isso tirei dinheiro do meu bolso. Mas o local não é meu, e sim para receber e abraçar a toda comunidade e seus visitantes. Ali, o ano inteiro, recebemos os amigos, oportunidade em que preparamos uma boa bóia campeira sem que ninguém pague nada, cada um leva o que pode para confraternizarmos. Meu sonho de que o local se torne um acampamento farroupilha ainda vive e é possível sim, pois no Harmonia tudo começou com duas ou três barracas e hoje são mais de 300 espaços destinados a quem cultiva a tradição”, encerra Moura.


Reportagem: Nael Rosa

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