Nael Rosa
Semana Farroupilha: doze dias de festança para marcar a retomada do evento
Foto: Edu Rickes

Para quem estava sedento pela festa, já que ela não era realizada há dois anos em virtude da pandemia, a Prefeitura de Piratini está promovendo a maior Semana Farroupilha de que se tem notícia. São 12 dias do evento que começou o dia 9 de setembro e se estenderá até o dia 20, com uma programação formada por rodeios em parceria com o Sindicato Rural do município, e nada menos que cinquenta shows em dois palcos que receberão grandes nomes do Rio Grande do Sul na música fandangueira e nativista, sem esquecer, é claro, dos artistas locais que mais uma vez terão a oportunidade de apresentar seu trabalho.
Guri de Uruguaiana, César Oliveira e Rogério Melo, os Mirins, Chiquito e Bordoneio, Tchê Garotos, Grupo Querência, são algumas das grandes atrações que já passaram pelo Palco do Rio Grande. De hoje, 16, até o final da festança, ainda se apresentarão Julian e Juliano & Só Vanerão, Jairo Lambari Fernandes, Matizes, Capitão Faustino, Cássia Abreu, Cristiano Quevedo, Tchê Barbaridade , Os Mateadores, entre outros.
Na visão da secretária de Cultura e Turismo, Caroline Caetano, promover tantas atrações é um desafio para a comissão organizadora, já que é a primeira Semana Farroupilha organizada pela atual administração.
“É o maior desafio de todo o gestor da pasta a qual eu ocupo, mas nossa comissão trabalhou focada e agora é esperar o final para ter ciência da repercussão. Esperamos que tudo dê certo”, disse Caetano.
Indagada sobre o motivo de este ano o evento ser tão extenso, ela disse que o calendário favoreceu, mas que o motivo principal é proporcionar boas vendas aos comerciantes das praças de alimentação, pois o movimento maior é aos finais de semana e a festa em 2022 terá dois sábados e dois domingos para que este objetivo seja alcançado.
Ela destacou também a parceria com o Sindicato Rural do município, que além de promover os rodeios na Associação Rural, cede o espaço usado para acampamentos pelos visitantes.
“É uma parceria muito forte. Nossa expectativa é grande no que diz respeito ao público que vem para apreciar a festa, pois além do espaço fornecido pelo Sindicato, os hotéis estão lotados e até o Camping Municipal está sendo usado para acampamento”.
A secretária revelou que o evento custará R$ 700 mil, mas embora não cubra o custo total, a Prefeitura está feliz com a captação que, entre Lei de Incentivo à Cultura (LIC), e patrocínios, captou R$ 336 mil.
“Teremos outras receitas como a venda de ingressos, por exemplo, mas estamos muito contentes com o incentivo dado pelos empresários de Piratini que abraçaram o projeto para que a nossa Semana Farroupilha permaneça como um dos maiores eventos da região. Queremos superar as expectativas”.
Os pacotes para nove dos 12 dias de atrações custaram R$ 60,00, um preço atrativo, e que na visão da gestora permite que todas as classes acessem o Centro de Eventos Erni Pereira Alves. Mas este ano a organização foi além nesse sentido.
“Como uma forma de premiar a comunidade, nos dias 12, 13 e 14 não será cobrado ingresso que já tem um valor atrativo. Mas pensando em todos, decidimos não cobrar a entrada de quem faz parte do Cadastro Único e que esteja com o mesmo atualizado. Fizemos isso porque embora custe barato para acompanhar os 50 shows, o valor gasto com pacotes se torna caro se a família tiver mais de dois membros, pois geralmente ela tem pouco ou nenhuma renda ”, destacou.
Por fim, ela disse esperar que a festa seja o primeiro passo de retomada após a trégua que a pandemia deu, e que a partir daí, o município possa planejar o eixo e potencial turístico que a Capital Farroupilha tem.
“Com o poder público planejando todos os passos junto com as entidades tradicionalistas, queremos explorar essa máquina que é o turismo em Piratini, e nossa festa vai colaborar para que isso ocorra”, encerrou.
Reportagem: Nael Rosa