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Foto do escritorNael Rosa

Torneio de Padel promovido pelo Rota 702, arrecada R$ 8 mil que também ajudará os desalojados da Z3

Foto: divulgação

Competição com cunho beneficente para ajudar os desalojados da Colônia Z3 reuniu 70 duplas

É essencial que toda empresa, independente do ramo o qual atua,  tenha uma função social e, desta forma, contribuir com a sociedade de maneira positiva, não focando somente o lucro, o que a leva a, inclusive, colaborar para o crescimento da comunidade a qual está instalada.


Ao entender isso, o empresário Jean Neitzke, 44 anos, usou a data que, caso parte do estado não estivesse sofrendo em decorrência das enchentes, talvez usasse o 6 de junho, dia que o Rota 702, complexo esportivo construído às margens da rodovia estadual de mesmo nome (ERS-702) completou três anos, para fazer uma celebração,  mas, não:


“Não é o momento para isso, para festas. As pessoas estão sofrendo, então decidi abrir mão da totalidade do lucro que, certamente eu ia obter, para também fazer a minha parte”, resumiu Neitzke.


Ele se refere aos R$ 8 mil, valor captado com as inscrições dos torneios de Padel, feminino e masculino, que aconteceram dias 6, 7, 8 e 9 de junho, nas duas quadras para esta finalidade, que integram a estrutura do Rota, oportunidade em que 70 duplas participaram, comprando assim a iniciativa de cunho solidário do empresário, que em Piratini também atua no ramo da construção civil.


Grande parte deste valor será destinado para ajudar a quem está ou esteve abrigado no ginásio da Igreja Batista Novo Território, usado desde o início de maio, como lar provisório para aqueles que foram atingidos pela tragédia climática, também na Colônia Z3, em Pelotas. De acordo com Neitzke, o que resta será usado como o mesmo objetivo: solidariedade, faltando apenas decidir para onde e para quem.


O pastor da congregação religiosa, situada na Avenida Cidade de Lisboa, bairro Fragata, Daniel Fonseca, destacou ser este gesto, que outra vez, parte da Capital Farroupilha, é relevante para quem continua precisando de donativos.


“Não sabemos quanto tempo isso vai durar. Aqui no abrigo, já tivemos 100 pessoas, agora são apenas 50, pois muitos retornaram para suas casas já que, em parte da Z 3, a água baixou. Mas há muita sujeira, assim, o que o Jean nos doou será usado para comprar produtos de limpeza, necessários para que, aqueles que já foram ou ainda irão para os seus lares, possam fazer a higiene do mesmo”, disse Fonseca.


O religioso acrescentou que, ajudas desta natureza são de grande valia, afinal, os desalojados que a congregação socorreu estão sendo alimentados e fazem sua higiene e, também do local onde estão, com doações de pessoas da comunidade, empresários e outras congregações religiosas.


“Precisamos limpar o espaço diariamente, inclusive, os sanitários e os banheiros químicos que temos. Mas ainda os que optaram por voltar aos seus lares receberam de nós um kit com produtos a serem usados para limpá-los, já que tudo na Z 3 está muito sujo, sujeira trazida pelas águas”, detalha o pastor, que conclui:


“Estes que já rumaram para casa e, os que retornarão, chegaram aqui sem nada, mas sairão com agasalhos, comida, cobertores, fraldas, tamanhos extras g, que ainda precisamos muito, e outros itens essenciais para que possam recomeçar, portanto, toda ajuda é bem vinda. Agradecemos a todos que já fizeram isso. Se você puder continuar a colaborar conosco, ótimo, pois as doações diminuíram com o passar dos dias, o que é normal, já que estamos há mais de um mês nesta situação”.


Reportagem: Nael Rosa

 

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