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  • Foto do escritorNael Rosa

" A morte do Fred servirá para punir quem matou todos os outros no nosso bairro", promete, Daiane, tutora do Labrador envenenado no Vila Nova

Foto: Divulgação

Fred, um Labrador dócil e que estava na família há 10 anos, foi a 5ª vítima de envenenamento no mês de dezembro no bairro Vila Nova

Alguns animais, ao serem adotados por seus tutores, principalmente os cães, são tratados e considerados como membros da família e, quando morrem, causam profunda tristeza ao deixarem um vazio na vida de quem, a eles, direcionava amor, carinho e dedicação.


O processo de luto é o que está vivendo, Daiane Marques, 42 anos, e Dioni Sandi, 37, residentes no bairro Vila Nova, revoltados com a morte de Fred, um dos motivos de alegria do casal há 10 anos.


O cão, extremamente dócil, uma das características da raça de grande porte, foi a 5ª vítima de envenenamento em apenas 15 dias no bairro Vila Nova, em Piratini.


Ao ser solto nas primeiras horas da manhã da quarta-feira (31), rotina comum para os três cães pertencentes à assistente administrativa e ao operador de máquinas, minutos depois Fred retornou para casa já em grande sofrimento causado, segundo a veterinária que o atendeu, pelo veneno popularmente conhecido como chumbinho.


“O chumbinho ou Carbanato, é solúvel em água, assim, a carne que ele comeu deve ter sido embebida no veneno. A absorção dessa substância é rápida e quase total pelo estômago, causando, em no máximo cinco minutos, hemorragia e edemas pulmonares no animal”, resumiu a veterinária que atendeu Fred e a qual  optamos por manter o nome no anonimato.


Revoltada, a dona do cão afirmou que, a morte do cachorro, considerado por eles um filho, não ficará, no mínimo, sem uma investigação, o que passou a ser realizada no mesmo dia em que precisaram enterrar o amigo de quatro patas.


“Estamos pedindo socorro. Envenenaram o cachorro da pessoa errada. Ele não fazia mal para ninguém, vivia dentro de casa, e só saia por alguns minutos, três vezes por dia, para fazer suas necessidades. Sofreu muito. Quem fez isso vai pagar, pois o Fred era o nosso amigo. Mataram o nosso companheiro, nosso amigo de todas as horas. A dor é terrível, mas a morte dele servirá para fazer justiça por todos os demais que foram mortos no bairro. Pagarão caro”, prometeu Daiane, que assegurou já terem um suspeito da autoria do crime.


A ativista da causa animal, Elenara Adamoli, voluntária do Projeto São Francisco de Assis no município, lamentou o recente episódio, situação que, infelizmente, é comum para ela e suas colegas enfrentarem com frequência.


“Nesses 11 anos que buscamos proteger os animais, tentar salvar ou atender casos em que os cães são mortos com veneno, faz parte do nosso dia a dia. Já ocorreram envenenamentos em massa em postos diferentes da cidade, inclusive, jogam a carne com as substâncias dentro dos quintais para matar cachorros e cadelas. Quando somos informadas, corremos para dar carvão ativado, uma das maneiras que permite salvar o bichinho. Às vezes obtemos sucesso, mas é raro salvá-los”, explica a protetora.


Ela finaliza externando seus sentimentos e sensações pela matança indiscriminada que acontece há anos na cidade.


“Me sinto impotente por não conseguir impedir. Também sinto raiva, pois até hoje, mesmo com os inúmeros registros feitos às autoridades, o que aconselho, sigam fazendo, inclusive de maneira online à Polícia Civil, ninguém foi descoberto ou punido por esses crimes”


Reportagem: Nael Rosa

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